segunda-feira, 16 de maio de 2011

Juventude e Santidade







“Confesso que me perco e me arrebato na contemplação da Divina Bondade, mar sem praia e sem fundo, que me chama a um descanso eterno por um trabalho tão breve e pequeno; que me convida e me chama ao céu para aí me dar aquele bem que tão negligentemente procurei, e que me promete o fruto daquelas lágrimas que tão parcamente derramei.”

Um jovem, Luís Gonzaga, percorreu a estrada da santidade, sonhou com o céu, antecipou-o na terra vivendo a virtude! Deus atrai e chama a cada um de nós para estar junto dEle e viver a sua vida.

São Luís Gonzaga viveu em seu tempo e em seu ambiente a resposta ao chamado de Deus. Era de família, herdeiro de títulos de nobreza e, desde menino sentiu-se atraído à oração e à pureza. Renunciou a tudo para seguir a Jesus, o único bem, como experimentava São Paulo: “Tudo considero perda por amor a Cristo.”

Encontrou o tesouro precioso do Reino dos céus! Deixou tudo e entrou na Companhia de Jesus. Lutou contra o orgulho e a vanglória, que são as tentações e os pecados dos puros.

Seu caminho foi a busca da pureza e a caridade reflexo de sua fé, especialmente no serviço ao doentes. Morre dando a vida pelos irmãos, cuidando daqueles que sofriam pela peste, a ponto de ser, também ele atingido pela enfermidade. Com que dignidade encarou a vida e a morte, para que esta fosse plenitude da entrega radical vivida durante uma existência inteira.

Em nossos dias acontece uma distância entre fé e vida, por falta de grandes ideais e de grandes líderes. Faltam modelos – “o Brasil precisa de muitos santos”, disse João Paulo II – para a juventude, amadurecidos no meio da própria juventude, radicais no seguimento de Jesus.

O Senhor nos chama à santidade. ” A santidade é a chave do ardor renovado da nova evangelização. Somente a santidade de vida alimenta e orienta uma verdadeira promoção humana e a cultura cristã.

Ser santo é seguir Jesus Cristo que nos quer santos e imaculados, como desde toda a eternidade o Pai nos pensou. Tornar-nos homens novos que chamam a Deus de Pai e expressam Seu amor no reconhecimento de seus irmãos.

Jesus “continua hoje chamando os jovens para dar sentido a suas vidas… A missão dos adolescentes e jovens é preparar-se para ser os homens e mulheres do futuro, responsáveis e ativos.

Sejamos santos!

Dom Alberto Taveira.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Missa é chata pra quem é chato na missa

Pois é meus queridos irmãos, ao longo de anos de caminhada, encontramos de tudo pelo caminho, entre conversões e desvios, milagres e espera, ânimo e desânimo, Fé e a falta dela percemos em tudo isso, a determinação do ser humano na incansável busca de respostas ou sinais que para alguns não são tão fáceis de serem encontrados.

Para nós Católicos, podemos dizer que toda nossa Fé se resume principalmente ao Milagre da Celebração Eucarísitca, e nela encontramos toda resposta, todo milagre, toda cura, todo sinal e santidade que buscamos.

Mas infelizmente, alguns irmãos que até julgam professar a Fé Católica costumam cometer um grande erro ao tentar responder porque não participam da Igreja ou sequer vão a Missa como deveriam. Alguns argumentam: "A Missa na minha Paróquia é chata". Se você que está lendo este texto, não se encaixa neste perfil, ótimo... mas se você ao ler isso pensou: "Nossa, ele está falando da minha Paróquia" eu digo a você que não, não falei de sua Paróquia, se você acha que a Missa na sua Paróquia é chata, então estou falando de você e para você.

Sabe porque você acha a Santa Missa chata? PORQUE VOCÊ É MUITO CHATO NA MISSA!!!

São muitas as pessoas que encontram desculpas e culpados para não participar da Igreja, e chegam ao cumulo de dizer que a Maior Riqueza que temos na Igreja é simplismente chata, talvez porque a música não lhe agrada, ou o a Homilia do Padre o incomoda, ou quem sabe o calor da Igreja, ou as pessoas que frequentam a Igreja não lhe agradam, ou até mesmo o próprio ambiente lhe é incomodo.

São pessoas que vão a Missa por obrigação e não prazer, fingem abraçar uma Fé muito mais por medo do inferno do que por Amor ao Céu, olham o tempo todo para o relógio, se dispersam com qualquer coisa, o tempo todo reparando nas atitudes das outras pessoas, ficam irritados se a Homilia demora um pouco mais que o normal e vão a loucura com os avisos ou teatros no final da Missa, ou seja, a pessoa viu tudo, menos Jesus presente na Eucaristia e depois diz que a Missa é que é chata... FAÇA-ME O FAVOR HEIN!

O pior de tudo, é que são essas pessoas que depois começam a passar dificuldades, e vão "buscar" Deus em outros lugares onde oferecem respostas imediatas e milagres a troco de dinheiro, e saem felizes dizendo que lá sim encontraram a Deus... triste isso, já que Deus é Onipresente, mas em nossa Igreja bate o coração de um Jesus Eucarístico e quando Ele se faz presente no Santíssimo Sacramento, muito não o enxergam, ou simplismente fazem pouco caso de sua presença.

A Missa deixará de ser chata, para aqueles que deixarem de ser chatos para ela e buscar participar plenamente da Liturgia, deixar-se envolver pelo momento Sagrado da Comunhão.
Toda Missa Cura, toda Missa é milagrosa, toda Missa liberta...desde que nossa Fé se rende a tudo isso!

Volto a dizer meus amigos, quando alguém disser que a Missa é chata, de um modo bem terno e sereno diga para ela que isso só vai mudar quando ela deixar de ser chata na Missa!

(Texto de Renato Emanuel)

domingo, 1 de maio de 2011

Jovens cristãos corajosos

“Jovens, escrevo-vos, porque vencestes
o maligno. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós,
e já vencestes o maligno”.

1Jo 2: 13b e 14b

Nosso tempo é insensível aos valores morais, familiares e espirituais. Todos sofrem os impactos das mudanças que a cultura globalizada e a massificação imprimem sobre nosso viver. Essas marcas podem ser vistas de maneira clara e particular na vida dos jovens. Por isso o apóstolo do amor encoraja os crentes a observar os valores cristãos. A preocupação joanina tem fundamento: “o mundo jaz no maligno”. O teólogo Karl Bart, com sua visão teológica existencialista do homem, conseguiu penetrar no âmago, daquilo que se tornou o ser humano caído - um ser inquieto. Diz-nos Bart:

“A inquietação - a ansiedade que nos espreita em toda criação não vem desta ou daquela dor, deste ou daquele horror, anseio, ou por alguma falta de beleza; nem provém da totalidade das coisas imagináveis que lhes possam dizer respeito diretamente, porém, vem da própria condição da criatura. Essa inquietação tem a sua origem no declarado deserdamento da vida direta e na insopitável esperança que a criatura tem”.

João está preocupado com os jovens cristãos. Ora perdidos, agora, salvos mediante a cruz de Cristo. Seu desejo era de que os jovens permanecessem fundados na verdade: “já vencestes o maligno”. Pelo poder do evangelho, eles tiveram suas vidas mudadas de pessoas entregues às paixões e concupiscências da carne para servos do Deus Santo. Os jovens podem e devem subjugar as forças carnais e canalizá-las para o padrão bíblico que produz frutos aceitáveis ao Senhor: “a palavra de Deus habita em vós”.

Exercício espiritual importante é a oração. Nosso tempo não dá tempo, dizem alguns. É verdade, o mundo tenta nos escravizar quanto às atividades urgentes e não podemos ao menos contemplar o belo, porque não há tempo. Ao lado dos cuidados que temos com a vida, para sermos vitoriosos temos de colocar “tudo diante do altar”. Ao fazê-lo, devemos deixar espaço para que o Espírito Santo fale aos nossos corações. Oração é diálogo e não monólogo. Somente através dela Charles Hummel conseguia alivio à sua alma, e escreveu:

“Um período de tempo diário adequado para esperar em Deus... é a única maneira pela qual posso escapar da tirania das coisas urgentes”.

Outra ferramenta básica para continuar vencendo o maligno é a leitura da Palavra. Nesta indicação, João dá uma chave importante: “...e a palavra está em vós...”. Em seu evangelho, o apóstolo, ao transcrever um discurso do Mestre, afirmou que, em estando em Cristo e, se suas palavras estiverem presentes nas vidas das pessoas, pode-se até pedir tudo, segundo a vontade de Deus, que será realizado.

Ora, em toda a apresentação da Bíblia há uma homogeneidade quanto ao valor da verdade como revelação especial de Deus ao homem. O salmista atestou que escondeu a Palavra em seu coração para não pecar contra o Senhor. Ter a Palavra guardada no coração é arma de valor imensurável para se vencer “este mundo tenebroso”. É preciso saturar a mente com as coisas do Reino.

Quantas informações recebemos durante o dia, através dos canais tecnológicos e humanos? Muito provavelmente, a maioria delas não tem o aval do Senhor santo e justo. É na Palavra de Deus que temos assegurado conhecer a vontade do Senhor. Devemos amar a Bíblia. Nela meditar. Dela obedecer a seus ditames. Martinho Lutero, o reformador alemão do Século XVI, tinha uma paixão tão grande pela Bíblia, que “virou” o mundo de seus dias de ponta-cabeça (coisa de jovem...), através da renovação que a Palavra lhe produziu. Ele a amava e declarou o seu amor:

“O que o pasto é para o rebanho, a casa para o homem, o ninho para o passarinho, a penha para a cabra montês, o arroio para o peixe, a Bíblia é para as almas fiéis”.

O jejum é outra ferramenta adequada. No mundo europeu e na América, onde já há mais problemas com a obesidade do que com a fome; tirar um momento para jejuar parece algo tão inusitado, estranho, que não se dá mais o valor que lhe cabe.

Ao dedicarmos ao jejum, principalmente aquele de Isaías capítulo cinqüenta e oito, das coisas desagradáveis, Deus opera em nós, pois estamos a declarar que o Senhor reina em nosso viver, que valorizamos a comunhão com o Senhor de Todas as Coisas, em detrimento dos valores, padrões e ditames mundanos.

É preciso exercitar estas ferramentas para que obtenhamos vitória em nossa caminhada. Empiricamente, todo aquele que sucumbe na vida espiritual, deixou os exercícios destas ferramentas.

Parece-nos desnecessário, descabido e até impossível viver uma vida de vitória sobre a carne, mundo e Satanás. Embalados por esta idéia, alguns, não poucos, têm vivido à risca, o que o famoso poeta português Luís de Camões deixou escrito: “Coisas impossíveis, é melhor esquecê-las que desejá-las”.

Entretanto, João, nesta passagem, menciona pessoas que haviam vencido o maligno e vencido sua doutrina, vencido seu modo de vida maligno, convites, fantasias - máscaras haviam sido descobertas. Jovens que venceram a estratégia de Satanás em tornar frio o que estava quente - pelo Criador; em tornar escuro o que se produziu em luz; em odiar, quando o amor era o imperativo. Jovens visionários num mundo mau, mas, vencendo os problemas e dificuldades pelo exercício da fé em Cristo, alcançada pelo sacrifício na cruz, pela justificação, regeneração e autêntica santificação.

Não era somente saborear a vitória que ocorreu no passado, mas continuar a vencer. João estava diante de pessoas que venceram o mundo mau de sua época. Cada era reserva dificuldades adequadas. Jovens que eram fortes, porque estavam municiados com a Palavra de Deus. Se o mundo gentílico, dado às orgias dos tempos de João pôde ser vencido, nosso tempo, desprovido de nobreza e escasso de bons valores, apesar de toda a liberdade conquistada a partir da revolução francesa, também o pode ser. O Senhor está conosco e tem o controle de todas as coisas.

David Brainerd foi um jovem visionário que, no século XVIII, deixou as facilidades de seu tempo e embrenhou-se pelo interior a pregar aos Navajos americanos. Depois de alguns anos, por causa de seu ministério, já fraco, doente, preparando-se para estar com Cristo, deixando uma noiva que o amava, declarou ao seu irmão que o assistia na “hora da morte” - Israel Brainerd, o seguinte: “Digo, agora, morrendo, não teria gasto a minha vida de outra forma, nem por tudo que há no mundo”. Ele tinha apenas vinte e nove anos de idade.

Jovens dignos num mundo indigno. Jovens fortes que vencem o maligno. Jovens firmados na Palavra, produzindo frutos para a vida eterna. Continuem a ouvir o belo e sábio conselho de João.


Espaço aberto pra te acolher!!

Érika Rodrigues e Pe. Marcelo Rossi = Sonda-me