quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011



Se pegarmos um lenço e o mergulharmos em uma vasilha com suco de morango, o suco penetra nas fibras do tecido e ele fica vermelho. Se o levarmos à boca, sentiremos o gosto de suco. Se o espremermos, o que sairá dele? Suco, é claro, porque o suco nele penetrou.
Era isso que Jesus estava dizendo ao usar o verbo batizar:
"Vós sereis batizados no Espírito Santo. João vos batizou na água, em penitência, mas vós sereis batizados no Espírito Santo" (At 1,5).

Não se trata de derramar o Espírito Santo em nós, mas de sermos derramados no Espírito Santo.
É como mergulhar um lenço na água: o lenço acaba ficando impregnado, porque todas as fibras do tecido ficam cheias d'água. É preciso que o mesmo aconteça com cada um de nós. "Vós sereis batizados no Espírito Santo." Para que o Espírito nos impregne totalmente, para que penetre em todas as fibras do nosso ser, é preciso que aceitemos ser mergulhados Nele.
Imagine agora que no copo houvesse um bom vinho, vinho forte, e eu mergulhasse um lenço nele e depois apertasse o lenço contra a boca. Eu beberia vinho ou não? E se eu o derramasse na boca várias vezes, ficaria bêbado? Claro! Porque o vinho encharcaria o meu lenço, e o que iria escorrer seria vinho. Não seria só o cheiro do vinho, o gosto e a cor: seria o próprio vinho escorrendo do lenço.
Ser banhados no Espírito é a grande graça que recebemos, de tal maneira Ele toma conta de nós. O que levamos aos outros não somos nós, mas o Espírito Santo.
Daí se conclui uma coisa importante: os dons estão intimamente ligados à graça de receber a efusão do Espírito Santo. Quem foi batizado não pode ficar sem os dons, porque os dons são a mais legítima expressão dele.
Quando somos batizados, quem recebemos? O Espírito Santo, com tudo aquilo que Ele é. Os dons são o próprio Espírito Santo. Quando recebemos o Espírito Santo, recebemos todos os seus dons. E o mais importante é que os dons não são para nós. Ficamos impregnados do Espírito Santo e quando vamos às pessoas levamos o poder, a autoridade, a cura, o consolo, a palavra, a sabedoria, a ciência que vêm do Espírito Santo. Quem cura é o Espírito Santo por meio de nós. Por meio de nós, Ele age e faz a sua obra.
Efusão, dons e carismas do Espírito Santo estão intimamente ligados. É uma questão de querer e pedir.
O trabalho apostólico de orar, de levar cura, de levar libertação, consolo às pessoas, e arrancá-las do pecado, dos vícios, das garras do maligno, vai fazendo com que, como lenço, comecemos a ficar secos, porque vamos nos gastando. O próprio contato com o mundo vai nos tornando áridos. Por isso é que a graça da efusão do Espírito Santo não é uma bênção que acontece de uma vez por todas. A grande graça é que podemos e devemos continuamente ser batizados na efusão do Espírito Santo. É necessário receber a Efusão do Espírito Santo constantemente!

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