sexta-feira, 11 de março de 2011

A experiência de um grupo de jovens

A experiência de vida em grupo parece ser inerente à condição humana. Para o bem ou para o mal, a humanidade só é o que é por conta da vivência em grupo. É esta vida grupal que nos torna seres sociais, pois nos possibilita ao mesmo tempo experimentar os sentimentos de igualdade e diferença. A ação desenvolvida está pautada na forma como este grupo se identifica e concebe as questões sociais que o atravessam.

Há grupos abertos e fechados, democráticos e autoritários, anarquistas e nazistas... A experiência em grupo por si só não significa que seus integrantes terão uma ação mais ou menos solidária ou tolerante entre si ou com membros de outras comunidades ou grupos. A participação mais ativa em um grupo é orientada por certa visão de mundo (guiada por posicionamentos políticos, sociais, ideológicos, religiosos etc.) que este grupo assume. De acordo com esta visão de mundo assumida, os sentimentos de igualdade e diferença experimentados por seus membros podem tomar variados significados.

Ao ter contato com um grupo, uma pessoa, obviamente, encontra outras pessoas com rostos diferentes, personalidades diferentes, ideias diferentes das suas. Ou seja, internamente, há uma série de diferenças entre os integrantes de um mesmo grupo que, para quem participa, torna-se evidente. No entanto, externamente, na relação com outras pessoas que não pertencem ao grupo, há um sentimento de igualdade entre seus pares, tanto para quem a ele pertence, como para quem observa de fora.

Porém a igualdade pode ser concebida como hipervalorização do grupo, pois o encontro com o diferente experimentado na vivência grupal pode fortalecer uma dicotomia entre nós e eles (já que agora encontrei os meus iguais). Por outro lado, se esta orientação apontar para outro rumo, a igualdade pode se transformar em desejo de justiça e solidariedade social, e a relação com o outro no grupo criar um sentimento altruísta de respeito e tolerância à diversidade.

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