segunda-feira, 28 de junho de 2010
Quando o Próprio Amor Vacila
quinta-feira, 24 de junho de 2010
O Amor segundo Fernanda Young
Es pero que gostem...
"O que é amor para mim?
Não temer o outro, seja lá no que for, contar com o outro.
A mágoa é possível, mas não deixar que a mágoa se transforme em amargura e rancor.
Ainda sou assustada com as pessoas com as quais me relacionei: aquela cultura machista.
É claro que existem as exceções e as exceções são bárbaras.
Eu convivo com uma há dez anos: o meu marido.
Os ritmos estão muito hedonistas, falta paciência.
As pessoas terminam os relacionamentos porque querem grandes excitações.
Sou a favor da unidade familiar, principalmente se as crianças estiverem envolvidas, mas desde que seja suportável.
Traição é uma droga.
E não pela traição.
O ser humano não quer dividir seu amor, o amor requer paciência e um tempo filosófico para você se questionar.
Não é o caminho do maior peito, de plástica ou então ficar trocando de paixão pelo resto da vida.
Se você quer que ele dure (o amor) tem que perdoar sempre.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Solidão vista por Chico Buarque
sábado, 12 de junho de 2010
O Namoro
A fase do namoro, ideal e moralmente objetivo, é um período excepcional para o conhecimento de duas pessoas, geralmente jovens, de sexo oposto. O namoro é um período na vida dos namorados que lhes permite se conhecerem melhor. Isso é fundamental para o alicerce de uma nova família que se quer sólida.
A prática do namoro evoluiu muito nas últimas quatro décadas. Não foi uma evolução ruim. Afinal, não dá para pensar o namoro nos moldes das primeiras décadas do século passado. Com a abertura dos últimos tempos e a igualdade de direitos estabelecida entre o homem e a mulher, bem como a quebra do tabu que circundava a questão sexual, abriu-se as portas para uma nova prática do romance amoroso entre os namorados. O erro não está na abertura, mas no mau uso da liberdade, face à mentalidade do descartável que está tomando conta da sociedade.
O estilo do namoro antigo tem muito em comum com o namoro dos nossos tempos: a falta de conhecimento um do outro. O namoro antigo não permitia nenhuma espécie de contato físico; a conversa entre os dois não existia, o estar só era impossível, etc – não se conheciam. O namoro moderno e avançado permite tudo: o sexo livre, o aborto, a depravação, etc – também não se conhecem como pessoas.
O final do filme todos nós conhecemos: corações machucados, magoados e infernizados com a síndrome da dependência sexual e outros males. A sociedade ainda é machista; por isso o Pe. Zezinho tem razão quando compôs a música “Laranja Lima” e nos diz que no namoro errado é a mulher quem sofre mais. Deve ser muito triste a ressaca do pós-namoro pagão, quando a consciência advertir que a jovem foi usada ou que usou o outro simplesmente por prazer, tendo se acobertado, para tanto, na falsidade e na mentira.
Estamos vivendo um mundo carente de valores. Além da mentalidade do descartável que favorece o hedonismo utilitarista no namoro (para muitos o trivial “ficar”), temos a elaboração de um ambiente cultural de morte que se expressa na música mundana, no teatro e no cinema também mundanos que apregoam os contra valores como sendo determinantes para a felicidade. Aí está o engano, pois se trata de uma mentalidade distorcida da pessoa humana. É a crise antropológica (a pessoa humana não se interroga sobre o seu fim). É a evidente falta de consciência do que é a realidade da pessoa humana e o que é realmente a felicidade para a qual a pessoa humana foi criada.
O que fazer para viver o namoro coerente e de maneira cristã? Olhar para Jesus Cristo, o modelo antropológico perfeito. Olhar para o testemunho de tantos casais que vivem o namoro correto e santamente. Não tenho dúvidas, os casais de namorados que viveram santamente os seus namoros viverão santamente o seu casamento. Afinal, a conquista da felicidade não se dá sem sacrifício, renúncia e entrega consciente. Onde há o amor não há a dor. “Felizes os puros de coração porque verão a Deus” (Mt. 5, 8).
Prezados jovens cristãos, sejam vocês os alicerces da construção da “civilização do amor” (Paulo VI) e da concretização de uma vida feliz a partir da santidade e do respeito à pessoa do outro. Deus os abençoe.
Pe. Adair José Guimarães
sexta-feira, 11 de junho de 2010
A Juventude e a Velhice
A juventude não é uma fase da vida. É um estado de espírito, um reflexo de vontade, uma característica de imaginação, uma intensidade emotiva, uma vitória do valor sobre a timidez, um gosto de aventura sobre o amor à comodidade. Ninguém envelhece por haver vivido certo número de anos, mas porque desertou do ideal; o tempo enruga a pele enquanto que a renuncia do ideal encarquilha a alma.
As preocupações, as dúvidas, os temores e as desesperanças são os inimigos que, lentamente, nos encurvam no sentido da terra, transformando-nos em pó antes que a morte nos abala.Jovem é aquele que se encanta e se maravilha, repetindo a figura da criança em permanente interrogação.
Jovem é aquele que desafia os acontecimentos e encontra alegria nos embates da vida. Posto em prova, galvanizava-se; os fracassos fazem-no mais forte e os triunfos fazem-no ainda melhor.Serás tão jovem quanto a tua fé e tão velho quanto a tua dúvida. Tão jovem quanto a confiança que possues em ti mesmo e tão velho quanto o teu desespero e o teu abatimento.
Permanecerás jovem enquanto permaneceres generoso, enquanto sentires entusiasmo em dar algo de ti mesmo, pensamentos ou palavras. Permaneceras jovem enquanto a ação de dar te valer mais do que a de receber, dando-te, no entanto, a impressão de que continuas sempre devedor. Permanecerás jovem enquanto fores receptível a tudo quanto é belo, bom e grandioso: as mensagens da natureza, do homem e do infinito.
E, se um dia, qualquer que seja a tua idade, sentires o coração mordido pelo pessimismo, torturado pelo egoísmo e roído pelo cinismo, que Deus então tenha piedade da tua alma porque nesse dia serás de verdade um velho.
http://criancagenial.blogspot.com/2008/06/mensagem-juventude-e-velhice.html
domingo, 6 de junho de 2010
A graça de ser só.
Ando pensando no valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família. Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar.
Eu também fico indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual. Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do "pode ou não pode".
A sexualidade é apenas um detalhe da questão. Castidade é muito mais. Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena. Digo por mim. Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço. O fato de não me casar não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser dos que precisam de minha presença. Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo.
Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me foi imposta. Ninguém me obrigou ser padre, e quando escolhi o ser, ninguém me enganou. Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade.
Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só. Não vivo lamentando o fato de não me casar. Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em "propriedade privada". Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.
Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas. É preciso pensar sobre isso. Não se trata de casar ou não. Casamento não resolve os problemas do mundo.
Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras, nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere. Fizeram sexo demais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho.
É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez. Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele que quer. Por isso perguntamos sempre – É de livre e espontânea vontade que o fazeis? – É simples. Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor. A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções.
Louvor & Alegria sempre!!!!!!!!!
Pe. Fabio de Melo
sábado, 5 de junho de 2010
Desperdício.................
Quando chove penso que não posso me molhar
Saio a procurar abrigo, mas se não consigo me esconder
Então, vejo como é bem sentir novamente a chuva sobre meu rosto
Lembro-me da criança que pegava resfriado
Mas, mesmo assim, desobedecia a mãe e corria para chuva
Quando meus pés tocam a suave areia
Nos raros momentos que fogem dos apertados sapatos
Descubro que posso ser livre novamente
Livre das correntes de uma rotina que sufocam o meu dia-a-dia
E quando tenho tempo para sonhar
Acordo e vejo que todos desperdiçam suas vidas
Em uma corrida sem sentido,
Em busca de algo que nunca vai preencher seu interior
Que os levam a sempre buscar mais e mais
E nunca estarão satisfeitos
Desperdiçando o único bem valioso que possuem
Suas vidas
Lc. Samuel
terça-feira, 1 de junho de 2010
A Ausencia da Verdade
O homem na complexidade do meio em busca de se entender como parte deste meio, passa pelo crive da sobrevivência. A luta de manter-se na sua integridade como ser, torna-se uma missão quase impossível, pois somos frutos do meio corrompido e dilacerado.
A sociedade cobra ao homem uma postura negada por ela mesma, cobra uma postura ética e moral, pede que exerça a cidadania, a solidariedade, o amor. Os predicados exigidos são nobres porem, estranho ao real hodierno. Vivemos um tempo, de se esquivar do real, da ausência da verdade, onde nos omitimos do que é o agora, onde escondemos a realidade e buscamos travar uma luta desonesta e pobre, pois sebe que nesta luta não tem vencedor, e sim, uma luta do eu com eu.
A maior derrota do homem é quando ele não consegue ser verdadeiro com ele mesmo, e brinca de pique-esconde como se essa fosse a melhor forma de encara a vida. O preço da verdade é muito alto, mas sem a verdade não podemos viver por muito tempo, pois é ela que nos gera a integridade. Porem, não se pode confundir o real da humanidade (faltas, fraquezas, limites, debilidades), com o relaxamento e o deboche de vidas que vivem segundo a mentira e a falsidade, não necessária ao outro, mas a si mesmo. Uma coisa é eu ter consciência do que sou, mesmo sabendo dos risco e limites que eu possa está correndo, outra coisa é eu buscar viver uma vida maquiada, me escondendo do que sou, pois omito o real de mim.
A ausência da verdade é necessariamente a negação de liberdade, pois quando não sou verdadeiro é porque não consigo ser livre o bastante a ponto de pagar o preço da realidade. E é por isso, que assistimos no palco da vida tantas pessoas sofrendo com o peso das conseqüências da mentira, amargando a dor de não ter sido honesta consigo e com o outro. No entanto, tudo isso pode ser mudado quando eu passo a me ver como pessoa falha, que tem potencialidade de errar, assim como, potencialidade de acertar, de superar, de vencer. Não podemos ausentar de nós o real, o verdadeiro, pois é na verdade que somos livres e conseguimos ser o diferencial do meio.
Pe. José de Anchieta Aguiar Vasconcelos